08/05/2013
"Há surdez para o grito de fome
Existe um abismo nas fronteiras
Que dividem o poder e o povo
Um Estado de letargia revoltante
Esse retrato feito nas marginais
As avenidas de ilusões vendidas
Vitrines para satisfazer vaidades
Do outro lado desse mundo insano
Habitam sonhos de muitos corações
Vazios de sentido seguem oprimidos
Diante da cegueira desconfortável
Toneladas de lixo nuclear revelam
Nossa falta de compaixão com o futuro
Além dos muros em mármore
Existe uma fragilidade evidente
Mas fica muito fácil cruzar os braços
Armar soldados contra a rebelião
Perdoe meu verbo visivelmente ferido
Meu ego ressentido pela incompreensão
Vire para o lado oposto a essa preposição
Palavra invariável que liga dois elementos nessa oração"
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