odeio esses períodos de brisa e mar calmo
tu sempre diz o que eu preciso ouvir
quase como uma filosofia de vida pra seguir
sem qualquer apego eu te confesso meus medos
estou pra anunciar uma nova tempestade
se não aparecer na minha frente (tua imagem)
disfarço, mas é impossível não querer mais
desse gosto que deixaste em meus sentidos
é quase sempre um caminho novo e eu vou
tuas ideias extraídas das madrugadas mal dormidas
sinais de que deixamos pra decidir depois das taças de vinho
sei lá, nem faço tipo pra te ter em volta dos meus raios de sol
pode cobrir com azul os dias que fiquei só e sem abrigo (em cinzas)
estou pronto pra jurar de joelhos que não espero mais
bem capaz...
melhor admitir que faz falta poder estar diante dos teus olhos e nada mais
estrelas profetizam a eternidade do nosso encontro
desfaz esses nós nas cordas do universo e vem
que eu derramo prata da janela do meu quarto só pra te ver sorrir,
faz algum tempo eu encontrei uns versos, entre uns pedaços do meu coração
e transformei em baladas pra sussurrar no teu ouvido
vendo a luz da manhã confirmar que ainda estás aqui...

Iberê Lopes - 4 de novembro de 2011

Iberê Lopes Unidade na Diversidade iberealsur.versos@blogger.com
Para os céticos espiritualistas e materialistas:
existe espaço, tempo e verso para
lúdicos e lúcidos,
profetas e poetas,
líderes e seguidores,
dispersos e atentos,
iluminados e assombrados,
ateus e crentes,
escravos de si mesmo e libertos como um rebento...
todos mudam o mundo. cada um a sua maneira...
por exemplo ou ao relento estão todas as vidas e experiências para os
curiosos ou estudiosos,
aprendizes e mestres,
desiludidos ou cheios de esperança,
tolos em cima de montanhas e encantados pela verdade científica...
o que não pode, deve e nem tem lógica existir são
fronteiras e muros,
pobreza e poder,
favorecidos e esquecidos,
céu e inferno,
julgamentos sem tribunal e condenados sem voz...
e se ninguém puder, conseguir ou tentar estender a mão
e ver o próximo como seu irmão com defeitos e ilusões
não teremos paz...
palavras e poesias,
atitudes e angústias,
passos curtos e largos,
oceanos de razão e chuvas de utopia se completam e contemplam
o mesmo sentido de querer, nada mais que um caminho menos dolorido pra seguir.

Iberê Lopes - 3 de novembro de 2011