Eu - Iberê Lopes

Quem arrisca dizer de onde venho?
Posso começar dizendo de onde vem todos os seres humanos
Do ventre aconchegante de minha mãe, seria óbvio
Melhor dizer como me vejo, como percebo tudo que sou
Poderá parecer aos olhos alheios uma imagem distorcida
Enfim, vou ameaçar os pré-conceitos com meu olhar diante de um espelho

Ando pelas ruas à noite procurando paisagens perfeitas
Busco palavras que representem um sentimento silencioso
Transformo em poesia a rica experiência da vida
Carrego bandeiras, defendo ideais de igualdade
E quem poderá contentar-se com metade nesse mundo
Tão mal frequentado esse planeta, mas nada de desespero
Acredito em Yin/Yang, I Ching, Ogun, Alá
Flores místicas para elevar a mente
E quem sabe ver a fraternidade e o fim da intolerância reinarem por aqui

Quem arrisca dizer de onde venho?
Por onde passei deixei rastros, amigos e desafetos
Mas jamais virei as costas, mudei o espaço
Sempre marquei o caminho com firmes passos
De quem sabe o que quer pra si e para todos...afeto.


Iberê Lopes Unidade na Diversidade iberealsur.versos@blogger.com

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