Com o Pampa no Horizonte - Iberê Lopes

26 de abril próximo a Brasília
Com o Pampa no Horizonte - Iberê Lopes

Na verdade tivemos pouco tempo e muitos problemas...e a tormenta foi quem afastou o sabor de nós.
Mas não repara esse meu jeito meio sem esperança...noutra hora te conto o que ainda não sabe do que passei antes de ti.
E agora essa cena, esse jeito de me querer ao avesso do que desejo...nem me importo se a cidade desabar, eu quero mais.
Estou andando em espinhos, lamentando sozinho o que poderia ser...apague as luzes e feche a porta ao sair.
Só deixe os meus discos, que quando me pego triste adoro cantar...deixa as janelas abertas, preciso de ar.
Poesia em pura e nova cor, contando cada pedaço, cortando na carne...por todos os desencantos escolhi a estrada.
Nem tudo nesse passado foi errante, guardo no peito uma saudade de guri...das ruas com perfume de liberdade.
Quero um amargo que esquente a alma, quando tudo parecer desigual...não me estranhe olhando o horizonte.
Gosto da sombra das árvores, levando a brisa em mansidão completa...pacificando as fronteiras do coração.
A pausa precisa para o recomeço, colecionando alguns sonhos...é hora de fazer valer as noites iluminadas.
Mal dormidas e caladas em palavras, acordes dessa vida virada no verso...pode manter tuas mãos perto do fogo de chão.
Não há mistério maior e mais precioso, quero viver enquanto existe...alegria e desengano para virar a página.
Amanhecer em chama calma.
Reescrever a história no céu que se abrir, próximo das estrelas em prata...vou prosseguir essa sina que é vida.
Nada mais.

Iberê Lopes Unidade na Diversidade iberealsur.versos@blogger.com

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