Abaixo do Céu 10/11/2012


"Tenho o direito de chorar em silêncio todas as minhas dores
Sem suas mãos apontando como devo sofrer
Não pedi sua opinião sobre quando aparecer por aqui e gritar
Pois tenho motivos nas mãos para dizer

Tenho a liberdade de errar e tentar a perfeição todo os dias
Que quiser levantar para recomeçar
Minhas palavras não precisam ser exatas, amar não é uma fórmula Simpl
es de viver depois de algum tempo juntos

Respondo pelos caminhos que escolher
Mas não estarei de joelhos eternamente
Pedindo perdão pelo que sou
Acenda um cigarro e sente ao meu lado
Deixe a fumaça parar de penetrar seu corpo
Depois me conte como é ter a sensação de ser invadido

Tenho saudade dos meus amores, tenho paixões cegas demais
E o que faz de mim pior agora que sabe com quem está falando?
Não entendo por que tem necessidade de apontar meus defeitos Tenho tantos espelhos nos quais você também pode se ver

Olhe sem parar, veja se consegue se encarar por 1 minuto
Olhe dentro dos meus olhos e diga que é melhor
Quando escuto sua humildade ainda sinto falsidade demais
E uma condenação aos que não repetem seus movimentos

Não estou aqui para julgar almas em busca de paz
Apenas encontrar meus próprios sentidos para seguir
Solte minhas mãos e me deixe alcançar o céu
Ou cair em mim para ser feliz sem um juri

Desmonte o palco em volta das minhas angústias
Volte os holofotes para os seus pecados

Ninguém será salvo, apenas viverá até morrer
E voltará para reinventar seu destino
Tente fazer isso sem sentir um pequeno caos
Enquanto sua mente se renova diante das luzes

Tente guardar seus dedos de lâmina quando voltar" 

Iberê Lopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário